PERIQUITO DANDO DE CANARINHO

7 de setembro de 1965, inauguração do Estádio Magalhães Pinto, o 'Mineirão'. Obra corajosa, vanguardista, imponente. Na época, um dos melhores estádios do mundo, acomodando 100 mil torcedores.

Para essa festa, nada melhor que um clássico entre seleções. Brasil x Uruguai fariam a estreia do estádio num amistoso marcado para as 15(h)30 (horário de Brasília) daquele dia. 

80.000 pagantes foram ao Mineirão assistir aquele time  da Seleção Brasileira que, embaixo das camisas amarelas, vestiam verde e branco. Sim senhoras e senhores, pela primeira vez na história do futebol brasileiro, uma equipe de futebol, a Sociedade Esportiva Palmeiras, foi convocada para compor toda a delegação, do técnico ao massagista, do goleiro ao atacante matador e também os reservas.

A Academia de Futebol do Verdão entrou em campo aquela tarde com: Valdir (Picasso); Djalma Santos, Djalma Dias e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Valdemar (Procopio); Julinho (Germano), Servílio, Tupãzinho (Ademar), Ademir da Guia e Rinaldo (Dario) e, o Técnico, Filpo Nuñes.

Na ocasião, o Verdão-Seleção carimbou a rede três vezes e sai de campo vitorioso sem levar nenhum golzinho da seleção Uruguaia.

Naquele dia, santistas, cruzeirenses, são paulinos, corinthianos, colorados, tricolores, coxas, atleticanos, flamenguistas, TODOS, torceram a favor daquele timaço que fazia jus ao nome de Academia de Futebol. O país todo adotou o Verdão como Brasil. Um orgulho para os Palmeirenses e demais apreciadores de futebol.

Em outra oportunidade, no mesmo ano, o time do Corinthians foi convocado para representar a seleção contra o Arsenal (?), perdendo a partida por 2x0, e o Atlético-MG, em 68, teve a última chance, vencendo a seleção da Iugoslávia por 3x2, no Mineirão. Depois, nunca mais, houveram convites oficiais.

Hoje, a esperança do torcedor brasileiro é que a história se repita contra o Uruguai e que possamos sair vitoriosos. Repetindo meu palpite, 2x1 pro Brasil.