Para a maioria da população brasileira, os investimentos em infraestrutura que estão sendo realizados para sediar os dois principais eventos esportivos do mundo, a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos/Paraolímpicos, serão o maior legado de longo prazo que os eventos deixarão para o país.
Embora esses investimentos incluam também a construção e modernização de diversos estádios pelo país, a história dos estádios 'elefantes brancos' construídos nos estados de Brasília e Amazonas, por exemplo, já é quase uma página virada para a população. Um estudo realizado pela IBR neste ano revelou que 42,7% dos empresários brasileiros acreditam que os estádios terão boa utilização após os eventos. E é essa, justamente, a proposta do governo: que todos os lugares sejam reformulados e permaneçam atrativos mesmo após os megaeventos.
Além das questões dos legados materiais, muitas dúvidas sobre os imateriais estão surgindo. Os grandes e modernos estádios trarão consigo grandes estruturas de ginásios, piscinas, centros de treinamentos e isso servirá, por exemplo, para a formação de novos atletas, ginastas, nadadores. SERÁ QUE VAI SER POSSÍVEL?
Um outro ponto super positivo são que os estádios como Mané Garrincha e Arena Amazonas poderão receber jogos de times cariocas, por exemplo (já que a maioria da população de lá torce para times do Rio de Janeiro). Essa oportunidade pode aquecer a economia local, aumentar a popularidade dos clubes e, o que é muito é legal, favorecer a inclusão social dessas regiões em relação ao futebol. Quantos flamenguistas e vascaínos do Mato do Grosso do Sul gostariam de ir pro campo assistir ao vivo um clássico carioca mas não têm condições de se deslocar até o Rio? SERÁ QUE VAI SER POSSÍVEL?
E os profissionais de educação física? Serão mais valorizados? Os meios de transporte funcionarão após o termino dos jogos? A saúde conseguirá ser mantida nos padrões FIFA?
Será? Será? Será?
É importante que comecemos a pensar e a fazer projetos relacionados aos legados imateriais para que o transporte, a educação, a saúde e os demais setores da economia nacional não sejam abandonados após 2016.
Você, leitores, têm alguma opinião formada sobre isso?
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